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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011



Como Bolha de Sabão.

J. Norinaldo.

Quem fala de amor sem amizade e paixão,

Cultiva um jardim de erva daninha,

Tem um discurso, mas sem ter convicção,

Como quem corre sem saber aonde vai;

Voando alto numa bolha de sabão,

Que o vento estoura e dificilmente cai.


Só o amor constrói a ponte mais antiga,

Que interliga duas almas por inteiro,

Duas metades que nasceram separadas,

Bem assim como a manteiga e o pão,

Como o toque da maçaneta e a mão...

Como o beijo da caneta no tinteiro.


Quem desconhece a plenitude do amor,

Não saberá nessa vida o que é candura,

Viverá simplesmente por viver,

Morrendo enquanto vive sem saber...

Que a vida simplesmente o atura,

E como a erva daninha, deixa crescer.


Quem não fala, mas sente o amor puro,

Não constrói muro que desune e que separa,

É um jardim com belas flores perfumadas,

Que ornam e deixa a paisagem colorida;

Como o cordão que junta as perolas do colar...

Para enfeitar, o colo da própria vida.

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