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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011




O Velho, a Porteira e o Destino.
J. Norinaldo.

O vento a estrada e a porteira,
A poeira, a pegada e o destino,
A curva, o castelo a esplanada,
O homem, um velho e um menino,
A pedra, o cata vento e a capela,
O som do badalar de um sino.


Quem já cruzou pela porteira,
Deixou as pegadas no caminho,
O homem que foi menino hoje é velho,
Já não pode mais caminhar sozinho,
Cansado da porteira e da estrada...
Carregando o seu fardo de espinho.

Por quem será que tange o sino?
Pelo homem o velho ou o menino?
Quem não cruzará mais a porteira?
Nem verá a esplanada ou o castelo?
Por quem será que tange o sino?
Se na corrente agora falta um elo.

Novamente a porteira está aberta,
Cruza o velho o homem e o menino,
O homem que foi menino e hoje é velho,
E jamais voltará a este caminho;
Já não deixa mais os rastros na poeira...
E o vento fecha a porteira do destino.


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