A Duras Penas.
J. Norinaldo.
A duras penas, eu
cheguei onde estou,
Sem saber se vale a
pena ir em frente,
Como um poema que
escrevi é ninguém leu,
Como o passado que
alguém vive e esqueceu...
E um futuro que
quando chega é presente.
Como o presente que
sonhei e nuca tive,
Ou alguém que vive só
de sonho e nada mais,
Como o poema que
escrevi e alguém leu,
Não entendeu,
esqueceu ou jogou fora,
Como o presente, que
é passado e vai embora.
Chegar cheguei, só
não sei aonde estou,
Para onde vou isto
então é um mistério,
Como a estrofe de um
poema inacabado,
Ou um provérbio, um presságio
ou um ditado...
Um epitáfio numa
lápide de um cemitério.
A duras penas eu
prossigo na estrada,
Buscando nos aceiros
por um tema,
Tento entender por
que a vida é tão pequena,
Busco palavras, para
completar meu poema...
E se esta vida
realmente vale a pena.
1 comentário:
E como vale a pena!... é a vida, basta. Eu me atrevo a dar o tema que procuras no aceiro - ENXERGAR... com a alma de poeta. Abraço, amigo.
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