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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012




Eu Não Sou.
J. Norinaldo.


Eu não sou essa fera que ruge, essa pedra que está no caminho, não é meu este dedo que aponta o exilio ao meu semelhante. Não é meu esse elmo sem face, meu disfarce já nasceu comigo, meu mesmo só este sorriso como o desabrochar de uma rosa e esta singela prosa que escrevo para te ofertar. Como é bom saber existe, alguém simples assim como eu, capaz de se sentir feliz, com uns versos tão simples que fiz, que minha alma ditou e minha mão escreveu.
Eu não sou essa fera que ruge, sou simples como um passarinho, essa prosa sabe por que fiz? Para vê-la sorrindo feliz, nunca penso em ser feliz sozinho.
Ah! Se eu fosse um poeta, encantado com a primavera, retiraria a pedra do  caminho, e quem sabe com muito carinho, deixaria bem mansa essa fera, e diria ao dono do elmo que jamais brade a espada a esmo, e mostraria ao dono do dedo que aponta o exílio, que três dedos apontam a si mesmo.
Eu não sou essa fera que ruge!

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