Eu Não Sou.
J. Norinaldo.
Eu não sou essa fera que ruge,
essa pedra que está no caminho, não é meu este dedo que aponta o exilio ao meu
semelhante. Não é meu esse elmo sem face, meu disfarce já nasceu comigo, meu
mesmo só este sorriso como o desabrochar de uma rosa e esta singela prosa que
escrevo para te ofertar. Como é bom saber existe, alguém simples assim como eu,
capaz de se sentir feliz, com uns versos tão simples que fiz, que minha alma
ditou e minha mão escreveu.
Eu não sou essa fera que ruge,
sou simples como um passarinho, essa prosa sabe por que fiz? Para vê-la
sorrindo feliz, nunca penso em ser feliz sozinho.
Ah! Se eu fosse um poeta,
encantado com a primavera, retiraria a pedra do caminho, e quem sabe com muito carinho,
deixaria bem mansa essa fera, e diria ao dono do elmo que jamais brade a espada
a esmo, e mostraria ao dono do dedo que aponta o exílio, que três dedos apontam
a si mesmo.
Eu não sou essa fera que ruge!
Sem comentários:
Enviar um comentário