A Máscara da Dor.
J. Norinaldo.
Não fostes ao meu sarau não só
por que dormes cedo, também não fostes por medo, então qual é o segredo ou
somente insensatez? Tua falta foi sentida, ficou um pouco sem vida, sem a tua
poesia, até na hora da despedida dizer-te eu nem preciso, que a falta do teu
sorriso deixou a noite vazia. Se fosse um baile de máscaras quiçá aqui
estarias, com sorriso desenhado, por trás de um rosto marcado, por um carinho
mal feito, pelo sorriso desfeito perante um grito de horror, de alguém que amor
prometeu amor que o tempo inverteu num labirinto de dor.
Não irei ao teu sarau para não te
ver fingindo, podes mentir com a boca, mas os teus olhos desmentem, não quero
ver teu sorriso enquanto por dentro choras; nem medir o sofrimento da tua
realidade, forjando felicidade, fingindo
que me ignoras.
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