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sábado, 10 de março de 2012



Resignação.
J. Norinaldo.


Escondo-me na concha do meu nada, que vaga num bailado sem sentido, entre os musgos das paredes das ruinas, que sustentam os telhados das masmorras. E as vagas das ondas das marés, das janelas ao rés de chão das alamedas, das veredas que não levam aos parreirais. Pelos arcos das pontes vejo montes, como torres de templos sem legendas, como peixes entrelaçados sem emendas, desenhados por quem tem o mal de alzheimer. E as porteiras se escancaram a cada grito e o infinito vai crescendo a cada dia, se não entendo meu escrito me conformo, com o mal que faz minhas mãos tremerem, mesmo postas quando oro a alguém.

1 comentário:

Maria disse...

Tocante, dolorido...