Translate

quinta-feira, 5 de abril de 2012




O Hino.
J. Norinaldo.


Libertar meu grito para cantar  um hino que fala de morte, de um povo forte que oferece a vida por sua bandeira, mesmo que não tenha a menor  ideia da disposição das estrelas nela. Mostrar os meus punhos sem marcas ou  estigmas de correntes ou grilhões, mas ter na historia dos antepassados gritos de tortura, ver uma armadura como objeto raro de museu, ou ver os retratos de desaparecidos sem constar  o meu, mesmo assim seguir cantando este hino que alguém escreveu, usando por tinta o sangue de incautos assim como eu, que liberta o grito para entoar um hino que jamais foi seu.

1 comentário:

Luna Di Primo disse...

é... um texto belo e reflexivo, poeta... bjuuu