O Hino.
J. Norinaldo.
Libertar meu grito para
cantar um hino que fala de morte, de um
povo forte que oferece a vida por sua bandeira, mesmo que não tenha a
menor ideia da disposição das estrelas
nela. Mostrar os meus punhos sem marcas ou
estigmas de correntes ou grilhões, mas ter na historia dos antepassados
gritos de tortura, ver uma armadura como objeto raro de museu, ou ver os
retratos de desaparecidos sem constar o
meu, mesmo assim seguir cantando este hino que alguém escreveu, usando por
tinta o sangue de incautos assim como eu, que liberta o grito para entoar um
hino que jamais foi seu.
1 comentário:
é... um texto belo e reflexivo, poeta... bjuuu
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