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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013




O Senhor dos Dedos.
J. Norinaldo.


Vão-se os anéis e ficam os dedos, que bom que assim fosse ou se  seria, se em vez dos anéis serem eternos, não fosse apenas fantasia, a não ser que se fale de modismo, a que os humanos são fiéis, pois até isto o modernismo, retirou da moda os anéis. O que é ser moderno hoje em dia, a vida numa correria louca, sem relógios e sem anéis e onde os dedos substituem a boca, isto já há muito acontecia, mas não se cantava em poesia, eram contos de alcova proibidos. Vão-se os dedos ficam os anéis, vão-se as canções e os menestréis ficam as imagens mais devassas, e a roda da moda vai girando, no espaço quadrado dos anais; e os anéis são vistos nas paredes, no óleo sobre tela dos ancestrais. E cada relógio que se vai, o tempo é visto de outra maneira, imagine falar hoje a um menino, que lhe dará um relógio de algibeira. Vão-se os anéis e fica a moda, que roda no sentido que quiser, não tem regra com algo assim tão simples... Como desfolhar um bem me quer.

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