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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013




A Vida e o Banco da Praça.
J. Norinaldo.


Sentado no banco da praça, vendo a vida que passa enquanto a minha se esgarça por que eu já passei. Passa o menino faceiro do andar bem ligeiro como eu já andei, passa a moça tatuada sem pensar em nada como eu já pensei. Passa o patrão o empregado passa o desesperado como já me senti, passa o homem virtuoso, passa o mentiroso, como eu já menti. Passa a moça formosa, passa a invejosa como já invejei; passa de tudo na praça, só a praça não passa como eu já passei. Você que passou e nem viu, que nada sentiu com o meu triste olhar; você era o menino faceiro, que passou tão ligeiro que sequer se lembrou que um dia vai passar. A praça sempre existirá, o banco eu não sei, para um dia você se sentar, vendo a vida passar e pensar: eu também já passei. É, eu também já passei como tudo nesta vida passa, hoje passo meu tempo sem graça pensando na vida sentado no banco da praça.


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