O Punhal e a Palavra.
J. Norinaldo.
Enquanto o punhal me fere a
carne, palavras dilaceram minha alma, as feridas do punhal o tempo cura e
cicatriza, porém o que fere a alma se eterniza até por que a alma é infinita.
Deixe o teu punhal na bainha, ou para que ter um punhal? Controles o que sai da
tua boca, por que ambos podem causar muito mal, às vezes as palavras ferem
mais, que a ponta afiada do punhal. Para parar e refletir, sem ser usado o
punhal volta à bainha, mas a palavra não volta sem ferir, assim como a flecha
lançada, a palavra saiu tem que seguir. Cuidado com a palavra e o punhal, não
são como a água e o azeite, são idênticos,
iguais, um você pega pra ferir, e a outra fere até por sinais.
Eu já fui ferido por palavras,
nunca fui ferido por punhais, portanto conheço apenas uma, não sei dizer qual que dói mais, quem me feriu com palavras,
talvez com o punhal não tenha podido, se pensa que não me fez mal,
descobrirá o que me fez quando for assim
ferido.
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