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quinta-feira, 30 de maio de 2013



O Corpo.
J. Norinaldo.


Mas que corpo é esse que enlouqueceu o mundo, foi capaz até de despertar volúpia em quem só tinha fé; mas que corpo é esse que de tão pintado, foi o mais desejado que já pisou a terra; Mas que corpo é esse que de tanta beleza capaz de provocar  a guerra entre as nações. Mas que corpo é esse que valia tanto mesmo sem ser santo, o que nunca foi. Mas que corpo é esse que me fala agora, o mesmo de outrora de impar beleza, e agora tem que ser logo enterrado para não poluir com a natureza? Mas que mundo esse de que falo e canto, que adora um corpo mesmo sem ser santo, e depois de tão venerado será enterrado por que fede tanto? Que poeta é esse que não tem noção, que a beleza passa como um furacão, e ai daquele que se apega a ela, só a vida é bela e sem distinção. Que poema é esse que não fala das flores, da primavera ou de outra estação, meu poema é louco, mas fala sim de tudo um pouco, é só você prestar  bem a atenção.


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