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segunda-feira, 27 de maio de 2013



O Pintor e a Tela.
J. Norinaldo.


O pintor transmite para a tela o que nela será vida luz e cor; um olhar de ódio ou de amor, um gesto lânguido provocante como sente, tendo por modelo só a mente, quando pinta uma bela mulher; ali é um deus e usa  a tinta que quiser, depois admira a beleza que lhe fez, na cor púrpura que cora sua face por timidez, ou na palidez de um ato descoberto, por ter mostrado o corpo sem o manto, ou por ter ficado nua a céu aberto. Quando o pintor usa o modelo da mente, não mente no exagero da beleza, a mulher é o ser mais belo que contém a natureza conservada num jardim feito só para si. E o pincel que também pinta o perfume, desliza na tela sem ciúme, por também querer ver o seu ato final; afinal quem admira a beleza, vê na mulher tenho certeza sua representante divinal. O quadro envelhece a bela não, e a tela aquela feita a mão, adorna a parede do castelo, ao lado de quem se acha belo e talvez seja de fato, por ser dono do castelo e do retrato, aquilo que se compra e paga em vão, já que ainda não existe tesouro, que pague o valor de um coração.

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