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sexta-feira, 7 de junho de 2013



Velho Piano, Opaco Verniz.
J. Norinaldo.



Meu velho piano, minha antiga canção, eu velho cantando matando a saudade no meu coração; meu velho piano de verniz opaco já com o som fraco pelo passar dos anos, e esses meus dedos sem agilidade que tocam a saudade que veio com os anos, dos tempos insanos em que pensei ser feliz que o verniz embeleza a ti meu velho piano. Meu velho sobrado que sobrou na rua, meu velho piano e que história linda, pois ainda me lembro que em noites de lua o teu som vibrante levava tão longe essa velha canção.
Esta rua é velha e não era assim, e não foi por mim que ela mudou, quando era jovem sei que fui feliz, e não como o verniz que embeleza os pianos e com o passar dos anos se torna sem cor, comigo é bem diferente o verniz da gente se transforma em dor, para quem já brilhou muito ou quem nunca brilhou.

Ah! Meu velho piano ainda resiste, a essa canção tão triste que o tempo por maldade não apagou como carregou a minha esperança, eu já não me lembro da tua feição, quando toquei pela primeira vez para ti essa mesma canção; só me lembro o quanto era feliz, ao ver teu rosto refletido no piano novo tendo por espelho o seu belo verniz.

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