Escravo de um Sorriso.
J. Norinaldo.
Se o teu doce sorriso me cativa,
talvez eu viva num eterno cativeiro, onde as correntes são o brilho dos teus
olhos e o teu corpo o meu navio negreiro. Juro-te não sofro por ser escravo e
nem maldigo o chicote do carrasco, sofro em silencio ao saber que o que ensejo,
é um leve sono para sonhar com teu beijo como o perfume do mais precioso
frasco. Ao pensar no frescor da tua tez, no lindo vale que se forma entre os
teus seios, e as curvas que acompanham teus contornos, minhas correntes me
parecem mais adornos fantasias dos meus doces devaneios.
Se o teu sorriso é como uma rosa
se abrindo, ou o sol vindo me acariciar pela manhã, como a leve brisa que tocou o rosto do louco de
Khalil Gibran que ao sentir tanta ternura, preferiu uma eterna loucura como a
efêmera felicidade de um sorriso, que pode te levar ao paraíso ou a ser escravo
da candura.
Se o teu sorriso me escraviza,
mas o chicote do carrasco não me cala, nem me tira o direito de sonhar que o
teu colo é a minha senzala.
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