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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Escravo de um Sorriso.




Escravo de um Sorriso.
J. Norinaldo.

Se o teu doce sorriso me cativa, talvez eu viva num eterno cativeiro, onde as correntes são o brilho dos teus olhos e o teu corpo o meu navio negreiro. Juro-te não sofro por ser escravo e nem maldigo o chicote do carrasco, sofro em silencio ao saber que o que ensejo, é um leve sono para sonhar com teu beijo como o perfume do mais precioso frasco. Ao pensar no frescor da tua tez, no lindo vale que se forma entre os teus seios, e as curvas que acompanham teus contornos, minhas correntes me parecem mais adornos fantasias dos meus doces devaneios.
Se o teu sorriso é como uma rosa se abrindo, ou o sol vindo me acariciar pela manhã, como  a leve brisa que tocou o rosto do louco de Khalil Gibran que ao sentir tanta ternura, preferiu uma eterna loucura como a efêmera felicidade de um sorriso, que pode te levar ao paraíso ou a ser escravo da candura.

Se o teu sorriso me escraviza, mas o chicote do carrasco não me cala, nem me tira o direito de sonhar que o teu colo é a minha senzala.

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