Meu Silencio.
J. Norinaldo.
Sempre que perguntam por que calo
diante da dor de um semelhante, apenas
um esgar não um sorriso, é tudo na verdade que preciso para dizer o quanto o
silencio é importante. Por vezes quem pergunta não insiste, se entende saber eu
não procuro, ou vou ter que explicar que o escuro, no fundo, no fundo não
existe. Sempre que perguntam se a dor do semelhante me comove, eu respondo que
me incomoda tanto, que caminho na
estrada enquanto chove para esconder as lágrimas do meu pranto. Quando me
perguntam por que choro, eu imploro para que mudem de assunto, quem é triste
não necessita motivo, precisa apenas estar vivo e ver alguém chorando para
chorar querer junto.
Quando eu pergunto a quem
pergunta por que fala, por que não cala se tudo já perguntou, se não esqueceu
de perguntar se já amei, ou pelo menos se alguém já me amou; se tivesse ficado
em silencio, teria escutado a minha dor. Apenas abafou os meus gemidos...
Enquanto, perguntou, perguntou e perguntou; mas vou responder a tua primeira
pergunta: me calo simplesmente, por que
a minha dor não entende a tua dor.
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