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domingo, 14 de julho de 2013

Meu Silencio.



Meu Silencio.
J. Norinaldo.

Sempre que perguntam por que calo diante da dor de   um semelhante, apenas um esgar não um sorriso, é tudo na verdade que preciso para dizer o quanto o silencio é importante. Por vezes quem pergunta não insiste, se entende saber eu não procuro, ou vou ter que explicar que o escuro, no fundo, no fundo não existe. Sempre que perguntam se a dor do semelhante me comove, eu respondo que me incomoda tanto, que  caminho na estrada enquanto chove para esconder as lágrimas do meu pranto. Quando me perguntam por que choro, eu imploro para que mudem de assunto, quem é triste não necessita motivo, precisa apenas estar vivo e ver alguém chorando para chorar querer junto.

Quando eu pergunto a quem pergunta por que fala, por que não cala se tudo já perguntou, se não esqueceu de perguntar se já amei, ou pelo menos se alguém já me amou; se tivesse ficado em silencio, teria escutado a minha dor. Apenas abafou os meus gemidos... Enquanto, perguntou, perguntou e perguntou; mas vou responder a tua primeira pergunta:  me calo simplesmente, por que a minha dor não entende a tua dor.

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