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segunda-feira, 15 de julho de 2013



O Poema Esquecido.
J. Norinaldo.


Ontem escrevi algo lindo, mas não sei onde deixei, onde guardei, simplesmente não sei, só sei que foi ontem, me lembro que deixei na máquina, mas hoje procurei e  nem a máquina encontrei, tenho medo de perguntar onde está minha máquina pois sempre alguém diz, que tudo foi sonho eu penso que fiz, e u fico triste, pois o ontem se foi, o hoje ainda é e o amanhã nem existe. Eu vou tentar me lembrar para poder te dizer, sei que era poema e falava em você, num jardim tão bonito com rosas tão belas que enfeitavam as janelas como um lindo buquê. Ah! Antes que perceba, desculpa o a soberba por dizer que era lindo, sei não é bem assim, sei que  é mais profundo, o que é lindo para mim, pode ser feio para o resto do mundo. Foi ontem e parece tão perto, mas me parece tão longe como o fim do deserto, ah! Esse deserto que só em pensar estremeço, pois o que está  longe quando digo seu fim, está longe, muito longe de mim mesmo é seu começo e tão perto seu fim. Ontem e hoje são marcas do tempo, que não é como o vento que vem e que vai; o tempo é cruel não pára e nem volta, escraviza a mente e o corpo da gente o que o tempo  assim tem que ser feito ele é nosso dono, com seu badalo insistente vai cavando com jeito, nosso último leito pro derradeiro sono.

Bem! Não vou ficar perguntado a ninguém, já cansei de sofrer  e de tanto ouvir não, se não encontra meu poema esqueço a máquina de escrever, vou pegar um papel perfumado, e fazer como, quando era o teu namorado com letras bonitas escrevê-lo a mão.

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