A Dor da Saudade.
J. Norinaldo.
A saudade fere mais que a espada,
é uma vespa com o mais terrível ferrão, a espada pode te ferir a face, mas
saudade vai direto ao coração; nas noites de insônia por maldade, a saudade nos
chega de supetão, assim como quem não quer nada e a primeira punhalada te
atravessa o coração; quem parte devia levá-la junto, principalmente aquele que
não volta mais, quem volta de volta a saudade trás, que se desfaz no abraço da
chegada. São três horas da madrugada e eu ainda não dormi, já chorei e já sofri
como alma desgarrada, quem nesta vida nunca sofreu por saudade, de alguém ou de
um momento de grande felicidade que agora o deixa triste, na verdade não vive,
apenas existe. Quando se ama se está sempre com saudade, mesmo quando quem se
ama está juntinho de si, em cada abraço em cada beijo, num simples olhar de
desejo, está embutido o medo que alguém tenha que partir. A ferida da espada
com o tempo cicatriza, novamente na bainha volta à calma, a dor da saudade se eterniza,
por que além do corpo fere a alma.
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