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segunda-feira, 7 de outubro de 2013



Saudade  de ser Criança.
J. Norinaldo.



Ao ver o céu pirilampado de estrelas, e tentar ouvir novamente o seu som,  lembrar que  um dia tive uma só para mim, que perdi pois inventei de crescer e esquecer que ser feliz era tão bom. Ao ver os campos orvalhados nas manhãs e a fumaça dos fogões na chaminés, lembrar o manso riacho na campinha, que calmamente vinha me beijar os pés; Ah! Que saudade da orquestra de pardais nos parreirais que davam sombra no quintal, Ah! Que saudade das minhas bolas de gude, dos meus banhos de açude tempo que não volta mais. Ah! Como dói esta saudade de tanta felicidade que eu tinha e nem sabia, acreditava que seria para sempre e que o mundo era uma bela poesia. Ao ver o céu pirilampado de estrelas, só poder vê-las e não ter uma sequer, olhar pra trás e enxergar tanta lonjura e saber que hoje é loucura, querer uma estrela como uma criança quer. Ah! Se eu pudesse ser criança novamente, trocar meu brinquedo eletrônico por um cavalo de pau, ver beleza na fumas das chaminés, ter novamente o cristalino riacho para me molhar os pés, curtir a sombra da parreira no quintal.

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