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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013



A Beleza e o Tempo.
J. Norinaldo.


Eu nem sei se você não notou ou se fingiu que não viu que o tempo já passou, ou o que sentiu quando cruzou  as pernas no salão do meu castelo, o que antes era considerado tão  belo fez os homens disfarçarem o olhar para alguma tela. Ninguém é para sempre bela, se  pensar na beleza como dote, que entre os cavaleiros já foi mote e aos pintores inspiração na aquarela. E por que eu notei esse detalhe, se o tempo para mim também passou, eu que tanto venerei tua beleza, hoje chego a ter total certeza, que recusaria o teu amor. Eu nem sei se você também notou, que o tempo para mim também passou, ou pensa só no jovem cavalheiro, que pensa somente em seu dinheiro, quando a perna descruzou. Quem é que nessa  história está errado, eu, você ou o tempo por ter nos atropelado, ou o espelho que ficou velho esclerosado, e nos mostra a figura que bem quer, ou somente eu  ou outro homem qualquer que pensar que o tempo continua a passar, mas atinge somente a mulher. Hoje eu penso em nós dois quando estou sozinho, e vejo que o amor não tem nada ver com o vinho... A não ser no antes e depois...

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