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domingo, 16 de fevereiro de 2014



Primeira Vez do Amor.
J. Norinaldo.



Ainda resta algum licor na fina taça, que a onda passa e vai levando devagar, saboreando o batom dos lábios teus e sorvendo o vinho aos poucos, como se roubasse os beijos loucos que fugiram dos lábios meus. No embalo das ondas dança o cálice, manchando de carmim a branca areia, como a mostrar a maré cheia, a marca do primeiro amor no ápice. Pela manhã ensolarada a taça reflete os raios do sol brilhante, e  a maré já se encontra bem distante, já não há manchas e restos de licor, só na areia as marcas testemunhas de um amor, sem vestígios que o mar participou, bebeu do vinho e do teu batom provou. É apenas uma taça esquecida, mas tua taça que transbordou com o vinho da vida, e outra vida certamente nascerá. Ainda resta algum licor na fina taça, quem ali passa ficará sem entender, que numa noite ali se fez uma vida, que a mancha rubra na areia aquecida, não foi o resto de licor, mas o sinete, a marca do primeiro amor.

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