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quinta-feira, 20 de março de 2014



Depois no Mar tão Sereno.
J. Norinaldo


Em cada porto um amor, em cada aceno uma dor em cada lágrima um tema em cada lenço uma flor que depois enfeita o cais quando ninguém lembra mais da lágrima que foi poema.
E o vento que a onda embala, leva o poema que fala de lenço e de despedida, e a noite se deleita com as flores que o cais enfeita como lenços que acenam a vida.
Em cada porto um amor por mais pequeno que for sempre haverá despedida, tristeza e alegria, lenços flores poesia nas ondas que embalam a vida.
Depois o mar tão sereno, que parece tão pequeno diante da imensidão, e cada lenço molhado, é um poema acenado, vermelhos de coração.
Ah! Que saudade dos portos que pela vida aportei, e quantas vezes acenei apenas a multidão, e quantas vezes chorei por ninguém ver meu aceno ou por que ninguém me acenou, depois no mar tão sereno, o mundo parecia tão pequeno diante da minha dor.
Em cada porto um amor, em cada dor um aceno, depois no mar tão sereno, tudo parece pequeno como uma estrela do mar, como um lenço lá do cais, quando não se lembra mais para quem se acenou, e o cais como aquarela todo coberto de flores, fica esperando outra vela que surge no horizonte trazendo novos amores.


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