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sábado, 26 de abril de 2014

 
Rosa no Chão.
J. Norinaldo.
 
 
Hoje acordei bem cedo com o primeiro pássaro a cantar, que mora numa árvore ao lado da minha janela, é um belo sabiá, ao primeiro acorde me pus de pé e fui direto ao jardim, colhi a rosa mais bela e perfumada e retirei espinho por espinho, para ofertar ao meu amor; ainda rorejada de orvalho lhe entreguei num gesto de ternura, recebi em troca um simples obrigada e nada mais, depois jogou minha rosa na sarjeta, oh! Meu Deus, por que fui olhara pra trás. A minha dor foi tão grande com tamanha ingratidão, como se os espinho que retirei daquele talo, formassem um ralo a ralar meu coração. Depois fiquei sabendo da verdade e imaginando por que tem que ser assim; ela acabava de dizer a alguém que o amava, e ele fez com ela o que fez por mim. Por que tem que ser assim tão complicado, nada tem lógica ou razão; eu amo quem não quer nada comigo e desprezo quem quer me dar seu coração; feliz mesmo o sabiá, que jamais muda a sua canção. No final do meu poema, um dilema, um teorema talvez sem solução, a dor do amor não correspondido, um não bandido... E a minha flor no chão.

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