Poema de Pincel e Aquarela.
J. Norinaldo.
Ouço o toque suave do pincel
sobre a tela, como carícia em alguma parte de mim, de repente muda a tinta é
amarela, e começa a me vestir como se realmente eu fosse existir, tenho olhos,
pois já vejo a aquarela, e a mão que firme segura o pincel que desliza sobre a
tela como um sonho ao deixar tanta beleza no papel. A beleza depois
do quadro pronto, deixa o pintor deveras
tonto a pensar, de onde saiu tanta beleza num olhar, num olhar com que sonhava
tanto. A tela é um poema sem palavras e sem rima, uma verdadeira obra prima que
faz tremer a mão de quem pintou; o declama quem tem a sensibilidade, de ver no
olhar felicidade estampada que pode
existir em uma tela, em uma roupa amarela que por baixo não existe nada. Às
vezes esquecemos quem pintou, mas o poema declamamos com amor, com lágrimas nos
olhos e a voz embargada. Meu poema quiçá não seja tanto, mas vale como
agradecimento, e pode deixar o pintor tonto, apenas pelo reconhecimento.
1 comentário:
São lindas suas poesias. Continue nos trazendo sonhos e alegrias.
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