Lembranças.
J. Norinaldo.
Quando a Nostalgia me pegar de
jeito, e sem nenhum respeito fizer eu te esquecer; esquecer teu nome e tuas
feições, como uma barragem que impede o rio de cumprir seu destino se tornando
mar; quero estar bem perto perto do fim da estrada, onde já não me importe me
lembrar mais nada; quem sabe esquecendo ate meu próprio eu e o meu verdadeiro nome que alguém me deu;
então nós dois no mundo esquecido, eu querer-te como sempre fui querido sem
lembranças mortas que o vento levou. Sermos só crianças como fomos antes,
chamarmos de arte a nossa aventura e a felicidade que nos deu a vida, sem me
importar que estás esquecida. Quando o esquecimento se lembrar de nós, de modo
nenhum queremos sermos lembrados, pois amor vivido não é esquecido, como velhos
retratos amarelecidos, em velhos baús de sótãos assombrados. A grande vantagem
da nossa loucura, é que a velhice jamais nos alcança, no esquecimento da nossa
aventura o futuro recua e o passado avança. Quando a rosa abre já não é futuro,
é efêmero presente que vira passado, e todo perfume que se vai com o vento, não
imagina em nenhum momento se foi esquecido ou será lembrado. Esta é minha
homenagem a todo (a) Escritor, que com tanto amor nos dar algo escrito, a seiva
da alma que pulsa na mão... Na pena molhada no seu coração.
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