O Beijo do Colibri.
J. Norinaldo.
Por mais velho o colibri a flor não lhe nega um beijo, e nem se
do seu néctar muda o sabor; quem ensinou
para a rosa que o beija flor a reproduz como flor, como esse beijo de amor faz
nascer outras roseiras? Por que o velho beija flor jamais morrerá a míngua
enquanto tiver a língua para beijar uma rosa; assim como o poeta que ainda
tiver idéia pra escrever uma prosa, uma flor mesmo que murcha e já sem nenhum
perfume, marca o diário de alguém um momento
inesquecível onde o amor é possível entre o colibri e a rosa. Por mais velha
que seja a rosa o colibri reconhece, que de uma semente cresce uma roseira fecunda, como o
riacho que um dia será rio e outro dia o mar inunda. Um dia na terra já não haverá
entre humanos o beijo, apenas luxuria e desejo e outros males que há de vir,
porém enquanto existir, uma roseira no mundo, haverá acredite...O beijo do Colibri.
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