Translate

quarta-feira, 27 de agosto de 2014






Agnes um Sonho Cruel.
J. Norinaldo

Sonhei um sonho tão lindo, que de tão lindo cruel, estava numa festa tão simples, entre árvores, barriquinhas e crianças a correr em volta de um jardim. Estava sentados num banco de madeira compridos uma longa mesa repleta de doces rosa e jasmim, de repente sinto sobre meus ombros um suave peso, seguido de um perfume que eu conhecia, duas mãos pequenas e macias carinhosamente me envolviam, olhei para cima e vi uma deusa vestida de rosa, com um chapéu enfeitado de fitas, um rosto como nunca vi, uma mulher mais bonita, apenas dobrei o pescoço minha Cabeça tocou os seus braços, e vi no olhar dos presentes a admiração e tive certeza que  aquela era a maior beleza que eles também viam com toda razão. Não sei que nome ela tinha, vinha com duas irmãs para cada uma comprei uma maçã do amor, e foi ai que um delas, jovem e uma das mais belas sorrindo me perguntou: E Agnes não ganha o carinho? Respondi: Para vocês a maçã eu dou, Agnes fica com meu amor e abraçava e beijava na boca, numa ânsia tão louca que parece que o mundo ia se acabar. Acordei com frio e o braço dormente, e a dor de um ferro em quente no peito,  e uma vespa me enterrando  o ferrão sozinho abraçando o nada, o nada ou a solidão. As vezes os sonhos são lindos, de tão lindos chegam  a ser cruéis; se Vênus  pudesse ver a Agnes do meu sonho, veria que sua beleza não chegava aos seus pés. Guardeis os traças do seu rosto, para meu desgosto não consigo esquecer, e tenho medo de dormir novamente, e Agnes me aparecer novamente para me fazer sofrer. Ah! Como queria ser um poeta para poder contar esta história completa e como a vida gosta de um viés, permite sonhos tão lindos, que de tão lindos passam a ser cruéis.

Sem comentários: