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terça-feira, 19 de agosto de 2014



Meus Fantasmas.
J. Norinaldo.


Procuro na noite quente sem brisa, a chama da vela até parece uma seta, buscando fantasmas que povoam meu sono, como se algum fosse dono do meu pensamento. Covardes se escondem nas sombras da noite, por que não se mostram quando estou desperta com medo da seta da ponta da vela, da chama amarela que clareia a sala. Vejo minha sombra imitando meus gestos desviando dos objetos assim como faço, onde estão os fantasmas que minutos atrás, me perseguiam sem piedade, a porta do quarto ainda está aberta, a cama deserta sem nenhum fantasma para minha felicidade; nada mais me roubará o sono, nem mesmo o fantasma que pensa ser dono do meu pensamento. De onde virão e agora onde estão ou serão só fantasias da minha imaginação, vou rasgando aos poucos com a minha vela de chama amarela a escuridão, buscando os fantasmas que povoam meus sonhos, pesadelos medonhos que crescem com o tempo, a falta do vento e a porta aberta, nua e sem coberta vou dormir novamente, só um raio de lua entra por uma fresta da minha janela, com a luz da vela espantei meus fantasmas.

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