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sábado, 20 de setembro de 2014



Uma Pergunta a mim Mesmo.
J. Norinaldo


Vou responder uma pergunta que a tanto tempo de me faço e não encontro explicação, de onde vem a inspiração e quando alguém me pergunta me causa tanto embaraço; poesia não é comédia, não é drama e nem tragédia, como o vento não tem rédea  nem freio ou estação; fala de flores de dores de alma e de coração. Todos nós somos poetas de maneiras diferentes, uns poetam os alimentos outros poetam os doentes; quem faz o bem  a um irmão alguém que estende a mão, outro que divide um pão a quem precisa de ajuda, outro que planta uma muda de árvore no caminho, aquele que recolhe do chão um pequeno passarinho  fazendo um pequeno esforço para devolve-lo ao ninho. Tudo isto é poesia que não precisa de rima, quem pinta a beleza do Céu ou com um pequeno cinzel constrói uma obra prima. Até quem vê na montanha a beleza do universo acaba criando um verso e desse vem outros mais; alguém que enxerga na paz do deserto a harmonia, consegue falar com Deus quando cessa os pensamentos, são poucos esses momentos, mas que valem eternidade e reside a felicidade que muito não acreditam. Não vou sair, por ai  como louco gritando a esmo, estou respondendo a mim mesmo, esta pergunta que há tanto tempo faço, como um pescador de ostras que busca no mar um tesouro, a verdade é como ouro que brilha cega e seduz, é o túnel no fim da luz invertendo a fantasia, assim é a poesia que nem sempre fala em flores. Colibris, grandes amores, escrevem também as dores que a humanidade suporta, se um dia um poeta vier bater sua porta, de-lhe água vinho e  pão e lhe aponte a linha do horizonte pois um poeta é errante, pois só o mundo garante tintas para a sua  aquarela, que ele quem não pinta com ela no mural da inspiração tendo a alma como mestra  e as tintas do coração.

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