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sábado, 29 de novembro de 2014



Rosa Vermelha.
J. norinaldo.



Por trás do castelo a rosa congela, singela sozinha, mas sem dor, se olharmos com o olhar de um poeta, na paisagem só ela é  que tem cor, a rosa vermelha ao sol ou sob o gelo, será sempre o símbolo do amor. Na imensidão da brancura da geleira, e dos castelos que leva o olhar insistente a cegueira, encontrar uma rosa congelada, mantendo ainda a cor avermelhada como uma deusa emoldurada, a espera de um lindo beija flor; é como quem busca no maior deserto o único Oasis onde vive seu amor. Uma vez caminhando pelo parque, encontrei uma rosa vermelha sobre um banco, já murcha e talvez já sem perfume, peguei-a e senti ciúme ou pena de quem a desprezou.  Algo que nunca me saiu da memória, o que me disse um velho sábio, uma rosa fora do jardim, sempre terá  uma história. Muitos já passaram nesta vida, pelo maior momento de dor, ao ver quem amava loucamente, coberta de pétalas  do símbolo do amor. A rosa gelada não morreu enquanto o gelo a conservou, depois que o frio for embora, o castelo continuará branco, mas assim com a rosa que encontrei naquele banco, vermelha mesmo murcha será sempre o símbolo do amor.

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