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sábado, 31 de janeiro de 2015



Pena de Morte.
J. Norinaldo.


Não mancharei a lamina de uma espada que brilha, com o sangue de um covarde que se humilha, sem ao menos exigir o direito de lutar. Não passarei por cima de um caído, desviarei meu caminho mesmo que fique mais comprido e nem sequer o olharei para alguém que sem lutar já foi vencido. Saladino falou e eu escutei que um rei jamais mata outro rei, portanto com o sangue de um covarde, o brilho da minha espada nunca mancharei. Ser rei não é ser corajoso, nem lhe dar o direito de tirar a vida do seu  semelhante amarrado, nem mesmo um rei sacrificado, como foi Balduino IV o leproso. A pena de morte é covardia, diversão para loucos desvairados,  que não sou eu, que se divertem vendo seres devorados por leões no Coliseu e agora fuzilados em paredões. A pena de morte não pune que morreu, e sim a civilização em que viveu; nos remete a idade média, ou ao Inferno da Divina Comédia que um dia Dante  Alighieri  escreveu. Jamais concordarei que se mate por deleite, mesmo que a minha espada sirva apenas por enfeite, mas  covarde não serei.


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