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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015



O Tempo o Destino e o Vento e o Paiol do Pensamento.
J. Norinaldo.


Às vezes quando você por algum tempo se distrai e esquece quanto tempo tem, o tempo vem te mostra alguém que você conheceu como criança, e assim a tens na lembrança a criança que a muito se foi. Nossa! Mas, parece que foi ontem, isto não pode ser verdade, e o tempo de maldade fica rindo e ninguém  vê. Seria o tempo um velho, corcunda com um cajado, com um camisolão surrado, com os pés todos rachados e pele enrugada pelo vento? Ou um menino brincalhão que não sabe sua idade, e não faz nada por maldade e sim pura diversão. O tempo, o destino e o vento e ainda o pensamento, um  paiol  de recordações; que magoa os corações não esquecendo de nada, e fica tudo  em sua memória. Ah! Parece até que foi ontem que te vi uma menina, hoje mal consigo ver-te para dizer a verdade, pois somos da mesma idade com bem pouca diferença, porém hoje o mundo ficou maior para os meus passos pequenos e os meus olhares serenos já não vão aonde iam, há quanto tempo, mas parece que  foi ontem o meu primeiro poema, a matinê no cinema e o chiclete de hortelã. Uma certeza teremos a de  que jamais diremos... Até parece que foi amanhã.


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