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quinta-feira, 26 de março de 2015




A Ponte e o amor.
J. Norinaldo.



A ponte ruiu nos separou, só nos une o pensamento e o coração, o barquinho que fazia a travessia era de papel e fantasia, veio um vento forte e afundou. A falta dos teus olhos me perturba e a incerteza do que sentes sem os meus, faz meu coração bater mais forte, viver como um barco sem um norte, pedindo uma nova ponte a Deus. Ah! Quando muros demoliria se pudesse, e construiria uma ponte bem mais forte, viver esta separação destrói aos poucos meu coração, me faz perder o tino e a calma, vai demolindo a minha alma, como a ponte foi demolida, perdi o sentido da razão; não há  que me acalante. Vejo a outra margem tão distante, assim  como a linha do horizonte procuro, procuro e não te vejo, cada vez mais aumenta o meu desejo de me tornar navegador; mas tanto tempo já passou, e quantas voltas esse mundo já deu, quiçá outro alguém ai surgiu, e você já me esqueceu. Dizem que nada é por acaso esse  foi justamente esse  o caso que nos aconteceu, ponte foi o vaso que quebrou e o nosso amor foi a rosa que morreu. Poucos são os amores infinitos, quem sabe não foi o caso do nosso amor, que em vez de amor era apenas poesia, assim como o barquinho de papel, que o vento afundou, por ser apenas fantasia.

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