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sábado, 30 de maio de 2015




Nem Sempre o Caminho tem Volta.
J. Norinaldo



Nem sempre o caminho é florido e macio, nem sempre o chegar é em paz, nem sempre se é esperado, nem sempre se é bem recebido, às vezes o caminhar é interrompido e não se chega jamais. Nem sempre o caminha é belo, nem sempre o calçado é um chinelo, somente o chão é mesmo; mais velho que caminhar e caminhos, rachado ou coberto de flores, de amores, rosas e espinhos. Somente o chão é o mesmo, que a muito nos dá o caminho, as flores as rosas os espinhos, o pão nosso de cada dia, a beleza da montanha a floresta, onde os pássaros fazem a festa e onde o homem os caçam e os prendem; onde seus filhos aprendem a pisar sobre um broto qualquer, sem pensar que amanhã ou depois da sua sombra venha precisar. Nem sempre o caminhar é tranquilo, é ligeiro ou bem devagar; poucos sabem que o importante não é o caminho, mas sim poder caminhar; o caminho é agente que faz, um, dois até mais de dez, porém temos semelhantes, que nasceram sem ter os pés. Nem sempre tudo é igual, mas não há nada mais velho que o chão, rachado ou coberto de ervas ou com as flores que um dia usaremos, quando não houver mais caminha e para o chão voltaremos. Para muitos motivo de glória, para outros motivos de revolta; única certeza da vida, que é um caminho sem volta.

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