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terça-feira, 18 de agosto de 2015




A Deusa e a Nuvem.
J. Norinaldo



Se na beleza fugaz de uma nuvem, tu vês o mais belo idílio, imagina-te diante da deusa mais bela que já vi quase nua sorrindo para ti, tão bela que nenhum cinzel, nem mesmo o que esculpiu Davi, seria capaz de molda-la. Sem necessidade que lhe gritassem: “Fala” mesmo assim ela te falasse de si. E a tinta que esconde a doçura de mil colmeias e a beleza de mil azaleias em um só bosque encantado, que mesmo se encontrando pintado, a imaginação o poetiza, como se os pelos dourados fossem um trigal a dançar sob uma suave  brisa. As curvas  montes e vales, que fazem a imaginação bailar como a beleza fugaz de uma nuvem que forma um castelo ou monte, que o sol transforma num lindo brilhante e de repente já não existe mais. Esta deusa mesmo sem seu pedestal, vestida apenas com ideias geniais, pinceladas e não por um cinzel, que nos faz  invejar o pincel, sonhando  lamber das mil colmeias o mel, eriçando o trigal como na ventania sentido a sensação de uma nuvem no céu.

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