A Minha Janela.
J. Norinaldo.
A TV mais linda é a minha janela, pois dela eu posso
assistir a realidade, sem maquiagem, miragem efeito, o que vejo é jeito como a
vida anda, como uma ciranda gira sem parar, vem o sol, a lua as estrelas, e eu
posso velas sem ser preciso ligar; é só abrir a minha janela e a imensa tela
até o horizonte, a definição depende da minha visão e não de um enredo pré-fabricado,
como algo ensaiado com tal pretensão. As cortinas do teatro da vida, são as
minhas pálpebras cerradas ou abertas, que me mostram as imagens certas de cada atividade que mudam a cena a sua
vontade, sem pensar sem pensar em cadencia elegância ou vaidade, sem esperar
aplausos efêmera felicidade. Da minha janela posso ver a tua, cada um ver da
sua aquilo que quer, posso ver cisnes negros bailando num lago dourado, do
outro lado você vê um lago qualquer; Posso ver Deus no piscar das estrelas e
você não vê nada porque não tem fé. Ao fechar a janela quando o tempo passa,
ainda tenho a vidraça para ver a chuva, ouvir o lobo que no bosque uiva por falta
da lua, enquanto na tua a escuridão se
prostra, por não ter visto nada a não ser solidão, por falta de espaço no
coração, e olhos para ver a beleza que a
vida nos mostra. De cada janela avista um cenário, pode ser a montanha ou um simples
canário fazendo seresta com seu belo canto; que não será visto daquela janela, cujo dono perdeu pela vida o
encanto; e prefere o enredo ensaiado e falso na falsa janela que da vida fala, ligada a parede num canto
da sala.
Sem comentários:
Enviar um comentário