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domingo, 6 de setembro de 2015




Outras Vidas.
J. Norinaldo.



Mostre-me o caminho e deixe por minha conta a caminhada, na bagagem não levarei nada que não seja útil e não me pese, apenas se lhe agrada por mim reze para que eu consiga meu intento, sozinho nunca estarei porque do vento eu já conheço o linguajar. A solidão não me assusta pois a cada passo, refaço na mente o meu caminho na certeza de não caminhar a esmo, se preciso converso comigo mesmo e daremos boas gargalhadas; não me preocupa nem um pouco, pois ninguém me chamará de louco, como disse antes estou sozinho. A estrada da vida é uma escola, onde muitas vezes você cola porque nem tudo há de saber, esta estrada é viver, não importando se já conhecemos o fim; vale a pena caminhar mesmo assim, deixando pegadas de exemplos, como pinturas nos vitrais dos templos, coloridos  cintilantes, que nos lembram de outros caminhantes que nos antecederam no caminho. Quem me mostrar a estrada há de seguir-me, ninguém conhece o caminho e seu entorno, pois  jamais haverá retorno o que vir até o fim esquecerei, ou para sempre comigo levarei, deixando somente as pegadas; que podem ser seguidas ou apagadas e precise novamente alguém mostrar, os inicios das estradas. Quem não conhecer do vento o linguajar, poderá não suportar a solidão e mesmo sem ninguém para chama-lo de louco, conversar consigo muito pouco, e o vento apagar suas pegadas; que por ninguém serão seguidas, não vê as belezas do entorno, acreditando que haverá retorno, como se fala...Outras vidas.

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