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sábado, 26 de setembro de 2015




Porteira, Passado e Presente.
J. Norinaldo



Encontrarás uma porteira aberta, uma estrada reta sob um céu azul de nuvens salpicado, Margens verdejantes e o ar mais puro; seguir é o presente, se onde vens é o passado, o que não  encontrastes, se cuidadosamente procurastes segue então para uma nova busca no futuro. Enganei-me não existe estrada reta, Ar tão puro ou juiz imparcial, as curvas são a beleza da estrada, a ânsia de avistar algo de novo, o homem é reflexo de um povo e o juiz, nada mais é que um homem tão  normal. Assim como o feitio da porteira não reflete a beleza da estrada, o ar sem pureza é natural e o juiz sem o homem não é nada. A porteira não foi construída aberta, nem toda sentença é dita certa e nem toda pureza é essencial. Antes  de cruzares a porteira, verificas se há pegadas pelo chão, e não te  esqueças de que o mais importante é a direção; se só tem de ida não tem volta, nem mesmo para o homem togado ou o mais puro, e que o caminho do futuro é a certeza mais incerta, apenas uma porteira aberta, uma estrada nada reta, e sem informar para onde vai. Uma porteira não nasce de semente e serve para prender ou libertar, Tanto seguir como voltar é o vindouro; pode prender para cevar e depois quando libertar, enviar direto ao matadouro. De quem deixa o passado para trás, segue o presente e jamais,  voltará ou chegará ao tão sonhado futuro.

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