O Elo Perdido.
J. Norinaldo
Será que um dia a humanidade chegará finalmente a conclusão, que a vida é apenas
uma corrida de bastão, onde todos conhecem a chegada; onde o pódio espera o
campeão, com os louros e um troféu feito de nada, ou da poeira da estrada, por
este campeão correu, e que talvez pelo temor das as
alturas, procure o rodapé das escrituras e deixe ali tudo que foi seu. Será que
no final desta corrida, o homem em fim terá entendido que não existiu elo perdido, que
buscou freneticamente o que se perdeu
foi a corrente e que a corrente nada mais foi do que a vida? Que o poema que na
foi entendido, pode ser o tal elo perdido e a pena que o escreveu, no deserto
do esquecimento se perdeu deixando o homem sábio aturdido; enquanto o bastão de
mão em mão, continua a corrida sem saber o que encontrará a frente, continuando
iludido, que existe um elo perdido que transformou uma em
duas correntes, diferentes como o açúcar e o sal, e lhe deram o nome de Bem e Mal que já não podem
ser unidas, serão sempre paralelas sem atalhos ou saídas, até o todo num só
troféu fundido, com a descoberta finalmente, que não existe elo perdido e que
perdida foi a corrente, e que a corrente
nada mais foi do que a vida. Nem por isto será suspensa a corrida, e o bastão a
passar de mão em mão... Na ilusão de encontrar outra saída.
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