Quando o Vento rouba a Cena.
J. Norinaldo.
Quando o vento rouba a cena o ser humano se apequena diante
da natureza, o bailarino perde o sono, ao ver o baile das folhas mortas ao
vento morno do outono. Pétalas soltas já sem vidas continuam coloridas bailando
ao som do vento; o poema do momento não mostra passos ensaiados nem trejeitos
teatrais, ao som de marchas nupciais apenas o que se eterniza, a canção que vem
da brisa e só o poeta sente, aquilo que foi semente e um passarinho plantou, que foi galho flor e fruto e hoje antes do
seu derradeiro sono bailam secas rodopiando com graça ao som da brisa do
outono. Se a natureza pintasse o que seria seu modelo, o ser humano que sem o mínimo zelo a trata como se fosse
uma escrava? Ou pintaria o abstrato por
só encontrar beleza no estampado de um
pano, já que o próprio ser humano faz parte da Natureza. Os poetas dos pincéis
se esmeram com talento, ao mostrar algum momento como o bailar das pétalas numa
tarde de outono, tentando mostrar ao homem que nossa maior beleza, ainda é a
natureza e ainda não conhecemos
pessoalmente o seu Dono.
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