O Mar, o Vento e o Meu
Pensamento.
J. Norinaldo
Quando as palmeiras se curvam
como a reverenciar o vento me volta neste momento o grandioso oceano onde eu
dia singrei e continuo singrando mesmo que em pensamento. Nas noites negras
soturnas nas minhas rondas noturnas nos
sonhos longes e perto lá no porto de partida, como se estivesse num oásis no
maior deserto da vida. Quando a onda chega à praia como um vestido de noiva
feliz pelo casamento, e as palmeiras eretas balançadas pelo vento cantam uma
linda canção que repercute na areia, para velhos marinheiros era o canto da
sereia. Ah! Que saudade que sinto às vezes quem chora e não mente, quando
sentia saudades do continente tão longe de onde estava, de onde me embalava com
o vento que ora curva as palmeiras como se fossem as bandeiras que enfeitavam
meu navio, mensagens que poucos entendiam não importam o que diziam, não eram
escritas ao leu, pois eram lidas do céu e isto a gente sabia. Por isto a
confiança quando surgia a procela e estufava nossa vela como os seios de uma
musa, a correria confusa para salvar o
navio, e honrar nossas bandeiras fazendo calor ou frio sem importar o momento
era sempre o mesmo vento que que ora curvam as palmeira. Sinto saudades, dos
golfinhos das baleias e do canto das sereias que existiam em meu pensar; sinto
saudades de tudo, sinto saudades do mar e da escondida talude, ah! E da minha
juventude que ousava enfrentar o vento que enfrentam as palmeiras, são saudades
verdadeiras como verdadeiro é o vento, ligeiro sei é verdade, mas para minha
felicidade menos que meu pensamento.
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