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quarta-feira, 3 de agosto de 2016




O Mar, o Vento e o Meu Pensamento.

J. Norinaldo

Quando as palmeiras se curvam como a reverenciar o vento me volta neste momento o grandioso oceano onde eu dia singrei e continuo singrando mesmo que em pensamento. Nas noites negras soturnas nas minhas rondas noturnas  nos sonhos longes e perto lá no porto de partida, como se estivesse num oásis no maior deserto da vida. Quando a onda chega à praia como um vestido de noiva feliz pelo casamento, e as palmeiras eretas balançadas pelo vento cantam uma linda canção que repercute na areia, para velhos marinheiros era o canto da sereia. Ah! Que saudade que sinto às vezes quem chora e não mente, quando sentia saudades do continente tão longe de onde estava, de onde me embalava com o vento que ora curva as palmeiras como se fossem as bandeiras que enfeitavam meu navio, mensagens que poucos entendiam não importam o que diziam, não eram escritas ao leu, pois eram lidas do céu e isto a gente sabia. Por isto a confiança quando surgia a procela e estufava nossa vela como os seios de uma musa, a correria confusa  para salvar o navio, e honrar nossas bandeiras fazendo calor ou frio sem importar o momento era sempre o mesmo vento que que ora curvam as palmeira. Sinto saudades, dos golfinhos das baleias e do canto das sereias que existiam em meu pensar; sinto saudades de tudo, sinto saudades do mar e da escondida talude, ah! E da minha juventude que ousava enfrentar o vento que enfrentam as palmeiras, são saudades verdadeiras como verdadeiro é o vento, ligeiro sei é verdade, mas para minha felicidade menos que meu pensamento.

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